sexta-feira, 2 de julho de 2010

Regatas

As quilhas dos ioles
cortavam como navalhas
o dorso do rio, a paz do rio
sob o azul dos domingos.
***
À margem esquerda,
o silêncio enlameado do manguezal,
um cheiro forte, um silêncio de morte.
***
À margem direita do rio,
estudantes e cafetões, putas e doutores
torciam pelo Náutico e pelo Sport.
(Poema de Nei Leandro de Castro, ilustração de Thomé Filgueira)

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