sábado, 5 de fevereiro de 2011

Manhã de verão

No retângulo da sala
as paredes brancas
em pintura de cal
recente. Mais brancas
na semeadura de luz
da manhã de verão
em dezembro. Tão de luz
castigada que o antes
transparente ar, denso,
inunda o espaço: bloco
de peso não medido:
claridade prisioneira
entre teto e piso
e paredes da sala:
ar e luz palpáveis
em serem compactos
na vertigem do sol:
dezembro, dezembro.
(Poema de Luis Carlos Guimarães in A Lua no Espelho)

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