segunda-feira, 4 de julho de 2011

Virtual

Estou nua, devassa, nua
diante do computador.
Sorrio, sussurro, solto gemidos:
estão de plantão, tesão,
todos os meus sentidos.
Já namorei pela telinha, bem louquinha,
muitos machos divinos maravilhosos,
ternos, safados, sacanetas
todos com fixação em minha xotinha,
na minha bundinha, nas minhas tetas.
*
Ah, vou sair, vou fazer logoff.
Chega, rapazes, não quero mais nada.
O mal desse sexo virtual
é que me lembra muito uma broxada.
(Poema de Nathália de Souza in
Poemas Devassos e uma Canção de Amor,
tela de Milton da Costa)

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