sábado, 31 de janeiro de 2009

Solo

Existe um bairro
perdido entre duas esquinas
que recende docemente a estrelas.
Não há pássaros: só passos.
A ternura cresce
entre os paralepípedos
e um solitário colhe-a
como quem colhe alfazemas.

(in Diário Íntimo da Palavra, Nei Leandro de Castro. Foto Sandra Porteous)

Um comentário:

Moacy Cirne disse...

Diário íntimo de um beco? De uma esquina? De um bairro? De uma foto? Aqui tudo se faz beleza. E poesia.

Um beijo, Sandra.