Ouve, amada, o som da flauta desvirginando a manhã.
É o que a minha alma tem de mais mística e de pagã.
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Ouve, amada, a sístole do tambor enquanto a vida segue.
É o meu coração que não sabe ser triste nem alegre.
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Ouve, amada, um fio de som na noite fria, outonal.
É o cantochão da minha tristeza de vidro e de metal.
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Ouve, amada, a música festiva na pequena praça da cidade.
São os guizos do meu amor, minha ternura com alarde.
(Poema de Nei Leandro de Castro in Diário Íntimo da Palavra, foto de Sandra Porteous)
3 comentários:
Entrei por mero acaso, encontrei ternura e sabedoria, voltarei mais vezes para beber deste prazer que são as palavras.
bjs
gostei muitissimo deste blogue ;)
Bons e bonitos poemas do casal. Sugiro que coloque o seu imeio para uma melhor comunicação. Abraços para todos. Luiz Cortez.
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