quarta-feira, 18 de março de 2009

Salve, Rainha

Claro enigma do poeta.
Brisa. Vento. Ventania
que enlouquece o rei,
o fauno, o ermitão.
Caixa de segredos
entreaberta somente
quando decifrados
os códigos do coração.
Nobre, suave, dama,
na cama se derrama,
veste fantasias,
cria e recria o gozo
e o põe numa redoma.
Inventa idiomas.
Se diz aos gemidos,
aos teus ouvidos:
- Mar!
pode ser outra língua
que convém ao súdito
decifrar.
(in Diário Íntimo da Palavra, Nei Leandro de Castro. Foto Sandra Porteous)

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