
O bonde passa
pelo espinhaço
dos arcos.
Mas não é o seu peso
que esmaga
a prostituta lírica
que procura nas cores
do ruge e do batom
a feérie da Lapa
onde ela estreou
numa noite mágica
que ainda hoje
é o que detém a sua mão
de dedos crispados
nos gumes da gilete.
(Poema de Nei Leandro de Castro, óleo s/tela de Sandra Nunes)
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