as paredes brancas
em pintura de cal
recente. Mais brancas
na semeadura de luz
da manhã de verão
em dezembro. Tão de luz
castigada que o antes
transparente ar, denso,
inunda o espaço: bloco
de peso não medido:
claridade prisioneira
entre teto e piso
e paredes da sala:
ar e luz palpáveis
em serem compactos
na vertigem do sol:
dezembro, dezembro.
(Poema de Luis Carlos Guimarães in A Lua no Espelho)
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